Senta e pega o cafezinho que hoje vou falar sobre alguns dos motivos que nos fizeram voltar para o Brasil.
E não. Não voltamos pra sempre, não se assustem! Não me assusta criatura!
Voltaremos para a estrada assim que possível.
Então, quer saber porque abandonamos a Tailândia pra vir passar frio no sul do Brasil?
Vem que tô contando tudooo!!
Porque voltamos
Esse texto é pra explicar um pouco sobre a nossa situação atual e contar um pouco sobre os motivos que nos fizeram voltar.
Bom, quando a pandemia começou, em Janeiro, estávamos na Tailândia, mais precisamente na ilha de Koh Phi Phi, trabalhando como fotógrafos e casamenteiros.
A vida parecia estar, e na real estava, super normal por lá até meados do mês de março.
Isso porque a pandemia era perceptível apenas pelas barreiras nas fronteiras, nas medições de febre para entrar em barcos, ônibus, e lojas.
E também pelo uso de álcool gel, mas nada além disso.
Quando surgem notícias da Itália
Tudo estava realmente bastante normal até chegarem as primeiras notícias da Itália.
E aí não se falava mais em outra coisa.
E depois disso, tudo mudou radicalmente e em uma velocidade surpreendente.
Nosso trabalho em Phi Phi
Felizmente, a essa altura já havíamos concluído a nossa agenda de fotos.
Nós cancelamos apenas 1 cliente – embora muitos tenham tido seus vôos cancelado – nós conseguimos atender a todos, exceto um casal (por motivos da ilha de Koh Phi Phi já estar fechada naquela altura).
Quando surgem notícias do fechamento oficial de Phi Phi
Depois de muitas notícias contraditórias e da falta de qualquer posicionamento oficial do governo, é divulgada a notícia de que a Ilha de Phi Phi seria realmente fechada.
Ninguém poderia entrar ou sair da ilha por um período de tempo indeterminado.
Precisávamos tomar uma decisão. ?
E de um dia para o outro, pois as coisas na Tailândia são assim! Uma loucura!
A decisão mais difícil
Bom, em primeiro lugar achamos muito arriscados ficar presos em uma ilha minúscula.
Além disso, já estávamos ha 6 meses na ilha de Koh Phi Phi, e já estávamos bastante cansados de tudo por lá – mesmos lugares, mesmas comidas, mesmos restaurantes.
Finalmente, resolvemos sair e não ficar presos em Phi Phi. ?
E para onde vamos?
Como somos muito sortudos e abençoados, nossa “sócia”, a Fran da Voatour, nos convidou gentilmente para passar o tempo que fosse necessário na sua casa, em Ao Nang, uma cidade-praia que fica há duas horas de barco de Koh Phi Phi.
Na casa da Fran ficamos os três juntos quarentenados, e mais a Lola (cachorrinha que a Fran tava hospedando).
Ao Nang é uma cidade mega turística, justamente pela proximidade com a ilha de Phi Phi.
Mas a essa altura do ano (já era março) a cidade já começava a esvaziar, pois março é final de temporada na Tailândia.
Nossos dias em Ao Nang
Na primeira semana a vida ainda estava normal também em Ao Nang.
Ainda podíamos circular, andar de moto em busca de uma praia deserta, ou fazer escalada nos paredões que ficam a 15 minutos da casa da Fran.
Mas na segunda semana tudo mudou radicalmente. TUDO!
As lojas fecharam, as localidades fecharam (não podíamos mais sair de Ao Nang), não havia mais ônibus, foi dado toque de recolher, multas para quem descumprisse qualquer regra, e pra completar: a venda de bebidas alcóolicas foi proibida em toda a Tailandia.
Além de tudo isso, ainda rolava boatos de estrangeiros presos por levantar a máscara na rua para tomar água entre outras coisas bastante assustadoras.
A essa altura já estávamos seriamente preocupados e ficar na Tailândia já não parecia uma boa opção.
A maior de todas as dúvidas
Decidimos pensar nas possibilidades que tínhamos, e eram apenas duas: ficar em Ao Nang ou voltar pro Brasil.
Ficar seria um pouco arriscado dadas as circunstâncias:
- incerteza da duração da pandemia;
- incerteza de quanto a nossa grana poderia durar se tivéssemos que pagar aluguel;
- onde se hospedar, já que hotéis e airbnb estavam recusando reservas e botando hóspedes para fora.
E o nosso principal medo: o visto.
Isso porque já estávamos há 6 meses no país (brasileiros tem 3 meses para ficar na Tailândia).
Dessa forma, ficamos com medo de ter nosso visto negado e não ter para onde ir, já que todas as fronteiras estavam fechadas.
Quando a única saída viável é voltar
Começamos a perceber que a nossa única alternativa seria voltar para o Brasil, onde pelo menos temos casa, família e amigos com quem contar.
Sabíamos que no Brasil a pandemia seria infinitamente pior, mas resolvemos voltar, mesmo tendo essa única certeza.
A essa altura começamos a trocar idéia com amigos que estavam presos na Tailândia, assim como nós, e descobrimos um voo de repatriação – pois os vôos estavam todos sendo cancelados ou custando a pequena exorbitância de 15 mil reais.
– – – (Isso tudo aconteceu em dois dias – que pareceram uma eternidade) – – –
A descoberta de um possível vôo de repatriação
Dessa forma, colocamos nosso nome na lista da embaixada para um possível vôo de repatriação, quase sem esperança, pois essa mobilização estava rolando há tempos, e nós entramos de gaiato, muito próximos da data desse possível vôo.
Feito isso, a embaixada nos pediu para irmos imediatamente para Bangkok pois o vôo poderia partir a qualquer momento.
Compramos a última passagem de avião – a partir da data que saímos de Ao Nang não haveria mais voos internos na Tailândia – para Bangkok e nos despedimos da Fran, com dor no coração e muito agradecidos. ?
A cena mais comun no aeroporto de Bangkok.
Aeroporto de Bangkok completamente vazio.
Uma árdua espera em Bangkok
Foram dias de espera e ansiedade em Bangkok. Alugamos um apartamento, dessa vez com uma amiga querida que tinha vindo voluntariar na Tailândia.
Tentamos nos distrair com comidinhas e bordados, mas não foram dias fáceis.
Mas para a nossa total surpresa o vôo não só saiu, como também podemos embarcar!! (o vôo foi uma novela à parte e precisa de uma post só pra ele)
Finalmente a notícia oficial do vôo
Para completar a nossa angústia nesses dias de espera, o primeiro vôo de repatriação foi cancelado – por motivos de logística aérea – quando estávamos dentro do taxi para o aeroporto.
Tivemos que voltar e alugar outro apartamento para ficar por mais alguns dias enquanto aguardávamos a redefinição das datas pela embaixada.
O vôo de verdade aconteceu três loooongos dias depois, e nem conseguíamos acreditar que de fato estávamos embarcando.
Gabi e Cris ainda sem acreditar que rolaria o vôo.
Nossa galera de brazucas presos na Tailândia.
E aqui estamos até hoje
E esses foram os motivos e um pouco do que aconteceu com a gente em meio à essa loucura mundial que está sendo essa pandemia.
Voltar era a nossa última opção. Não estávamos nem um pouco preparados para isso.
Mas hoje só conseguimos agradecer por termos tomado essa decisão, pois a pandemia está sendo mais longa do que a gente poderia imaginar.
E não sei o que teria acontecido se tivéssemos ficado por lá… mas hoje estamos felizes por termos voltado.
E ainda pude desfrutar de longos meses com nossos filhotes Nelson e Manoelita! ? ? ?
❥ ❥ ❥ ❥ ❥
❥ ❥ ❥ ❥ ❥
Vai Viajar? Organize sua viagem com a gente.
Utilizando os nossos links para fazer as suas reservas você não paga nada a mais por isso e ainda nos ajuda a seguir viajando e criando conteúdo para você. Isso porque ganhamos uma pequena comissão a cada compra.
🛩 Passagens aéreas
Utilize o passagenspromo para descobrir os melhores preços;
🏪 Hospedagem
No booking.com você tem acesso as melhores opções de hotel, hostel ou apartamento.
💙 Seguro
A worldnomads tem os melhores preços do mercado. Já com a segurospromo você ganha 5% de desconto comprando pelo nosso link.
💶 Dinheiro para o Exterior
O transferwise tem as melhores taxas para envio de dinheiro.
🎡 Passeios e Ingressos
Pesquise no getyourguide os melhores passeios e atrações turísticas.
🚗 Aluguel de Carro
Na rentcars você compara as melhores opções de preços de veículos.