Nossa segunda aventura em fazendas orgânicas, desta vez pelo workaway, foi em um vila próxima a Lagos. A quinta fica localizada no alto de um morro, tem uma vista linda da região e um por do sol incrível.
A essa altura também já começamos a nos sentir mais seguros e profissionais, afinal já entendemos mais não só sobre hortas, mas também sobre o próprio funcionamento do work exchange.
Essa fazenda foi muito especial e o nosso anfitrião, Diogo, é uma pessoa incrível de um coração enorme. Vem que a gente conta como foi!
Diogo, o anfitrião, tem a nossa idade, é mecânico e apaixonado por agricultura, orgânicos, meio ambiente e muitas outras coisas.
Ele conseguiu uma verba da União Européia e construiu uma estufa gigantesca onde cultiva muitas coisas, inclusive algumas tropicais, mesmo durante o inverno do Algarve. Banana, moringa, morango, muito manjericão, papaia, pimentas e beringelas, são apenas alguns dos itens cultivados por lá.
Nos tornamos amigos e mantemos contato até hoje. Diogo é muito legal. Sempre nos tratou muito bem e nos levou não só para conhecer a região e as feirinhas, mas também para provar os drinks e pratos típicos da região.
Para saber mais sobre essa planta fantástica, considerada a “árvore milagrosa”, leia esse artigo.
O percurso
Pegamos um trem em Lagos e em 10 minutos estávamos na estação de Mexilhoeira Grande. A passagem custou 1,40 €. A estação estava vazia, apenas nós descemos do trem, e parecia mais uma estação fantasma. Ligamos para o Diogo e ficamos esperando.
Ele apareceu alguns minutos depois e nos levou até a fazenda que não tem nome ainda. É relativamente nova. O Diogo adora conversar e estar rodeado de pessoas. Por isso, recebe muitos wwoofers e workaways dos quatro cantos do mundo.
A fazenda está sempre com lotação esgotada, entretanto, ele sempre aceita mais alguém. Tem um coração gigante e é muito divertido. Passamos bons tempos por lá.
Localização
Mexilhoeira Grande, apesar do nome é bem pequena e possui apenas 4 mil habitantes. É uma vila e pertence ao concelho de Portimão. Fica a 11 km de Lagos, a 280 km de Lisboa, e a cerca de 40 km de Aljezur, nosso destino anterior.
Mexilhoeira fica no Algarve, uma das regiões mais turísticas de Portugal. O clima é temperado, maravilhoso, com invernos amenos e verões quentes e secos. Na nossa opinião, é nessa região que estão as praias mais paradisíacas de Portugal.
O litoral no Algarve é todo recortado e repleto de falésias de uma cor incrível. A vila em si, é realmente minúscula e sem muitos atrativos. Entretanto tem um restaurante ótimo chamado A curva, onde é possível não só comer pratos típicos portugueses acompanhados por um belo vinho da casa, mas também usar a internet, tomar um cafezinho e trocar uma idéia com a Carla. Ela é a simpática e falante proprietária, sempre disposta a ajudar. Um amor de pessoa! O restaurante dela foi a nossa segunda casa.
Primeiras impressões
Precisamos confessar que não morremos de amores à primeira vista. Era tudo um pouco desorganizado e caótico, mas no fim acabamos percebendo que havia ordem naquele pequeno caos.
Grevlin, um pequeno gatinho branco e amarelo, veio nos dar as boas vindas!
O terreno da quinta era enorme: havia uma estufa, um extenso pomar e as ruínas de uma antiga casa Portuguesa que estava sendo restaurada. Espalhados pelo terreno, haviam algumas caminhonetes transformadas em dormitórios e um container que era a casa principal, onde ficavam dois quartos, o chuveiro, a sala e a cozinha.
Estrutura e acomodações
Ficamos no container, em um quarto privado com uma cama de casal e uma cômoda para as roupas. O banheiro era compartilhado e o chuveiro, de água quente.
O mais legal era a cabine do chuveiro, que tinha um rádio dentro! E todos desfrutavam da música de quem estava no banho. Era muito divertido!
Ainda, no container tinha uma cozinha e uma cafeteira italiana, ambas disputadíssimas.
Rotina e horário de trabalho
Essa foi a melhor parte dessa fazenda, trabalhávamos das 8h às 13h, com um intervalo para lanche, café ou chimarrão.
Depois disso tínhamos o resto do dia livre para descobrir a região.
Nas quinta-feiras rolava um mutirão para trabalhar na restauração da casa. Era a parte que a gente mais gostava. E quem estivesse disposto podia trabalhar o dia todo.
Quem trabalhasse ganhava almoço na Carla e cervejinhas no final do dia!
Trabalho
Ficamos somente três semanas nessa fazenda. A seguir alguns trabalhos que realizamos por lá:
- podamos o pomar de cítricos;
- limpamos os canteiros da estufa;
- plantamos hortaliças na estufa;
- colhemos frutas e legumes para serem vendidos na feira de sábado;
- limpamos, preparamos e encaixotamos os produtos para vender na feira;
- participamos da feira no sábado;
- trabalhamos na restauração da casa;
- fizemos cimento;
- preenchemos as paredes da casa com cimento;
- fizemos um telhado;
- pintamos as vigas de madeira para o telhado.
Aprendizados
- aprendemos a dividir: espaços, comidas, sofás, ferramentas e o container;
- a ter paciência;
- a confiar ainda mais nas pessoas;
- descobrimos que existem mais pessoas maravilhosas no mundo do que a gente achava;
- a conversar e interagir o tempo todo;
- a superar frescuras;
- e o mais legal e inesperado de todos os aprendizados: trabalhar na construção!!
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