O Templo Branco que fica em Chiang Rai é um dos queridinhos da Tailândia. Mas se você está esperando mais um templo budista, prepare-se para uma decepção.
Sugerimos que você vá ao Templo Branco de mente aberta para captar e absorver tudo que ele tem de poderoso para te oferecer!
Aliás, se você acha ele lindo nas fotos, espere só para ver de perto! ?
Um pouco sobre o templo branco
O Templo Branco (White Temple) ou Wat Rong Khum se distingue de todos os outros templos do país pela cor branca e por ser cravejado de pequenas peças de vidro, que refletem a luz do sol e o deixam ainda mais brilhante e impactante.
E não é só a parte externa que impressiona. Afinal, o templo é repleto de simbolismos e incita a reflexão nos visitantes que topam a experiência. Sem dúvida, é um lugar no mínimo interessante.
Ah! E uma vez dentro do templo, ande com calma, observando tudo com tranquilidade. Tome seu tempo para ver e assimilar tudo, vá devagar pois nesse templo não é permitido voltar. Chegando na ponte, você não pode parar ou voltar, apenas seguir adiante. ?
Diante da ponte: uma vez nela, você não pode parar ou voltar, apenas seguir em frente.
O templo antes de ser branco
O templo branco nem sempre foi como é hoje. No seu lugar havia um antigo templo budista chamado Wat Rong Khun, em péssimo estado de conservação e sem fundos para uma renovação.
Por isso, em meados de 1997 o famoso artista tailandês chamado Charlemchai Kositpipat, nascido na cidade de Chiang Rai, resolveu comprar o templo e restaurá-lo. E para isso, usou seu próprio dinheiro e principalmente suas próprias idéias, conceitos e visões de mundo.
O templo branco atual
Hoje as obras continuam em andamento e não se espera que sejam concluídas até 2070.
Acima de tudo, o resultado é uma criação surpreendente, admirável e incomum em todos os quesitos.
Lateral do templo branco e os andaimes do que seria uma obra quase eterna.
Falaremos brevemente de alguns dos elementos do Templo Branco:
Ponte
A ponte do Ciclo do Renascimento que leva ao templo principal é a minha parte favorita. Ela fica sobre um pequeno lago e é cercada de mãos desesperadas, saindo das profundezas da terra. Seria uma típica cena infernal, não fosse pelo branco que transforma tudo em paz.
É provável que essas mãos simbolizem o desejo humano desenfreado. Ao passo que, a ponte indica que um dos caminhos para a felicidade é resistir e abandonar a tentação, a ganância e o desejo.
Ainda, essa área representa o sofrimento humano, por isso a ponte é o renascimento. De tal forma que simboliza a caminhada do inferno – resistindo aos desejos e às tentações mundanas – em direção à felicidade e ao paraíso, que é o próprio templo branco.
Kinnaree – da mitologia budista – uma criatura metade humana metade pássaro.
As mãos desesperadas sob a
O caminho depois da ponte para chegar ao templo branco ou paraíso.
Portão do Céu
Depois de cruzar a ponte, você chega ao “portão do céu”, que é guardado por duas enormes e assustadoras criaturas que representam Morte e Rahu, que decide sobre o destino dos homens.
Os guardiões do portão do céu – Morte.
Os guardiões do portão do céu – Rahu.
O próprio templo branco
Assim como os demais templos tailandeses, o templo branco também apresenta o estilo clássico, só que branco. Inclusive com o telhado em três camadas e as serpentes Naga.
A saber, a novidade aqui, além do branco, são os fragmentos de vidro espelhado embutidos em toda a parte externa edifício, que o fazem reluzir muito. E assim ficar ainda mais deslumbrante conforme incidência de luz.
Ademais, outra grande surpresa está no interior do Wat Rong Khun, onde as representações do bem e do mal aqui são mais uma crítica ao sistema capitalista, à cultura pop, e ao modo como vivemos atualmente.
Mas isso dependendo da sua interpretação, é claro. E já que o interior não pode ser fotografado, você vai precisar ir até lá para ver com seus próprios olhos e tirar suas próprias conclusões.
Contudo, já adianto que é muito interessante, contemporâneo e surreal para um templo budista!!
Fazendo a última foto antes de entrar no prédio principal do templo branco
O interior do templo branco
Inesperadamente a decoração muda do branco puro e imaculado para cores ardentes e desconcertantes, numa mistura de chamas e demônios com Michael Jackon, Mínions, Freddy Krueger, Hello Kitty e o Exterminador do Futuro.
Ataques terroristas, guerra nuclear, e o World Trade Center estão nas paredes também, em alusão ao impacto destrutivo da raça humana na Terra.
Seja como for, a mensagem é clara, mas cabe a você tirar suas próprias conclusões.
O branco
A cor branca marcante e presente em todo o Wat Rong Khun representa a pureza de Buda.
Detalhe do templo branco e dos espelhos que estão por toda a parte.
Maravilhados com o
Uma pose antes da horda de turistar chegar.
Os epelhos
Os espelhos representam a sabedoria de Buda, bem como os ensinamentos budistas.
Fora do Templo
Na saída do templo branco, existe uma fonte dos desejos e algumas “árvores” para pendurar intenções que podem ser escritas em pequenas folhas prateadas, à venda por ali.
Mas sem dúvida o que mais chama a atenção é um prédio dourado enorme, que nada mais é do que os banheiros! Esquecemos da foto do prédio, mas tem uma da placa dourada que indica masculino e feminino. ?
Por fim, a cor dourada simboliza os desejos e dinheiro mundanos. E o edifício dourado representa a idéia de se concentrar na mente e não nas posses, coisas e bens materiais.
Árvore dos
O
Como chegar ao templo branco em Chiang Rai
Existem inúmeras formas de chegar em Chiang Rai: taxi agendado, ônibus de linha e mini van.
Nós partimos de Pai de mini van, que na verdade era um pacote que compramos para cruzar a fronteira com o Laos para depois pegar o Slow Boat para Luang Prabang.
Nesse pacote estava incluída uma parada de meia hora no Templo Branco. Por isso recomendo ir com calma e até dormir uma noite na cidade, pois o templo é lindo e realmente vale a pena explorá-lo com calma. Nós tivemos apenas 30 minutos e foi péssimo.
Além disso, existem mais dois templos na cidade: o templo preto e o templo azul.
Entrada
A entrada custa 50 Baht e o templo fica aberto das 8h às 18h.
Embora as mulheres precisem tapar ombros e pernas para entrar, o Gabriel entrou de bermuda e camiseta. ?
Melhor horário
O templo branco é sempre lotado de turistas, não tem jeito. Como resultado, é realmente muito difícil fazer uma foto sem alguém na frente.
Nesse sentido, os melhores horários para visita são pela manhã, bem cedo, ou no final do dia, quando a maioria dos ônibus e vans ainda não chegou ou já foi embora.
Portanto, esse é um dos bons motivos para você dormir na cidade. Além de poder visitar os templos azul e preto você pode escolher visitar o templo branco em um horário mais tranquilo. Aliás, o pôr-do-sol é incrível no templo branco! ?
Triângulo Dourado
Por fim, se você tiver tempo e dinheiro disponíveis ainda recomendamos fazer algum desses passeios oferecidos pela Get Your Guide, que incluem o “Golden Triangle” ou Triângulo Dourado.
Também conhecido pelos locais por Sop Rua, esse é o ponto de encontro dos três países: Tailândia, Laos e Myanmar. É também o lugar onde o Rio Mekong se encontra com o Ruak, e vale a pena conhecer!
Confira algumas sugestões de atividades e passeios em Chiang Rai:
Turistas por todo o lado.
Se tiver alguma dúvida deixe uma mensagem que respondemos bem felizes.
E se tiver tido outra interpretação sobre os enigmas do templo, nos escreva também.
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