Depois de nos apaixonar por Cameron Highlands e pelo trabalho num hostel, decidimos tentar um voluntáriado em uma guest house em George Town, também na Malásia.
Gergetown é um encanto de cidade. Ela é famosa por suas obras de rua e pelo lindo e conservado centro histórico que é patrimônio mundial da humanidade. Mas é quente demaaaissss!!!
Quer saber como é trabalhar em uma guest house de uma família chinesa?
Ta tudo aqui, explicadinho!
Sobre nossa host e sua guest house
A guest house onde fomos voluntários em George Town era de uma chinesa malaia muito fofa, chamada Elaine.
Nós na verdade já sabíamos que ela seria muito legal pois em Tanah Rata, onde fomos voluntários no Traveller Bunker Hostel , encontramos Nico, um voluntário que já tinha voluntariado com a nossa atual chefa, a Elaine! Sim o mundo é um ovo! E os voluntários indicam uns aos outros os lugares legais, então é bem comum disso acontecer!
E a Elaine realmente é uma fofura de pessoa. Querida, atenciosa, fez de tudo para nos deixar bem e tem o coração do tamanho do mundo. Já a nossa guest house era pequena e aconchegante, situada em uma antiga e tradicional casa chinesa restaurada. Tinha apenas 5 quartos e era uma tranquilidade só.
Nós em trajes ridículos e a nossa querida host Elaine.
Nos despedindo da Rihab, a voluntária da Tunísia.
Localização
George Town fica a cerca de 350 Km da capital Kuala Lampur, há 162 km de Ipoh e a 250 km de Tanah Rata, de onde partimos de busão.
Aliás, os ônibus na Malásia são maravilhosos: limpos, com bancos enormes e super confortáveis. Mais parecem naves espaciais e em nada lembram os ônibus do Vietnã ou Camboja, graças a Jesus! ??
George Town é a maior cidade e também a capital do estado de Penang – que é formado pela parte insular e ainda por uma parte estreita da costa da Península Malaia.
E estado de Penang é o segundo maior estado da Malásia, e George Town a segunda maior e mais populosa cidade do país.
Apaixonadas pelas casinhas de George Town.
Primeiras impressões
Quando chegamos no nosso voluntário em George Town fomos recebidos por uma voluntária da Tunísia que estava fazendo seu primeiro workaway e sua primeira viagem sozinha! Um amor de guria, nos falou tudo sobre a guest house, o trabalho e ainda saiu com a gente para jantar e nos mostrar os melhores lugares para comer e comprar comidinhas.
Nos sentimos em casa desde o princípio e ainda nem tínhamos conhecido Elaine.
A casa é linda, tradicional chinesa, com umas partes abertas e lindas janelas com vitrais coloridos. Tinha uma sala comum bem confortável e nosso quarto era coletivo com 3 camas.
Também estava lá uma voluntária da Hungria, a Reni, mas ela estava de folga, viajando, e chegou uns dias mais tarde. Dividimos o quarto com ela por uma noite e depois ela foi dormir em um dos quartos do andar de cima para nos deixar mais confortáveis. ❤️
Porta de entrada e a varandinha do Chateau One.
Área comum do Chateau One.
Estrutura e acomodações
A casa era ótima, tinha uma área comum, uma cozinha só para a gente e nós ficávamos em um quartinho sem janela no andar de baixo. ?
O quarto não era lá muito bom, mas quando tinha hóspedes, podíamos ir dormir com eles no quarto misto, usufruindo do ar condicionado. Nosso quarto não tinha ar. Mas nunca fomos. Ficamos no nosso muquifinho com ventilador mesmo.
Os banheiros eram compartilhados mas como não tinham muitos hóspedes eram praticamente só nossos. Tudo era muito limpo e organizado.
Marina pelos corredores do andar de cima.
Nossa vista durante o expediente.
Feliz no novo quarto com janelinhas!
Rotina e horário de trabalho
A Elaine sempre trabalha com 3 voluntários. Um para o turno da manhã, outro no turno da tarde, e o outro fica de folga. ❤️
Ficamos duas semanas em Goerge Town com nossos turnos em horários diferentes. Pela primeira vez em dois anos viajando fazíamos coisas em horários separados, o que foi ótimo!
Nós adoramos isso! Mas ainda assim a Elaine nos deu alguns dias de folga juntos, para que a gente pudesse aproveitar a cidade juntos! Tentamos dizer que não fazíamos questão, que estávamos felizes, mas ela fez mesmo assim. É uma fofa.
Trabalhamos 5 horas por dia durante 5 dias na semana. Os turnos eram das 8h à 13h e das 13h as 18h. Ou seja, se eu trabalhasse de manhã teria a tarde toda livre e vice versa! ?
Aproveitando horário livre.
Muita street art em Geroge Town.
Trabalho
Nas duas semanas em que ficamos por lá, Elaine estava implementando um novo sistema, e isso bloqueou alguns aplicativos de reserva por algum tempo. Por isso, e também por ser baixa temporada, praticamente não tivemos hóspedes.
O que significa que também não tivemos muito trabalho. Mas nossas tarefas eram:
- receber os hóspedes;
- cobrar a estadia, e só.
Não precisávamos fazer limpeza ou arrumar os quartos, tinha um funcionário para isso.
Gabriel um pouco entediado esperando um hóspede.
Focada no trabalho!
Então era perfeito, trabalhávamos no blog durante o “expediente” e nas horas livres podíamos curtir a cidade ou mesmo ir trabalhar em algum dos muitos cafés com ar condicionado! ?
Folga na Mokey Beach.
Só faltou o chimarrão.
Alimentação
Elaine nos dava 7 RM ( cerca de 7 reais) por dia de trabalho e ainda tínhamos café, água e chá a vontade.
Com esse dinheiro as vezes era possível passar o dia tranquilamente, pois a comida é mesmo muito barata na Malásia. Nos restaurantes indianos então, nem se fala!
Ficamos viciados em uma Samosa de uma banquinha de rua que custava 0,60 RM e era maravilhosa!
Além do mais, a Elaine sempre nos trazia algumas comidinhas: saladas tradicionais chinesas, sobremesas, ou uma refeição completa do restaurante favorito dela! Muito amor essa mulher! ❤️
Louco de faceiro com o Tosai gigante.
AS MELHORES SAMOSAS DO MUNDO!
Bandejão indiano é vida!
Elaine e nossos aprendizados
Elaine nos tratou como filhos. Nos deu muitas dicas de onde ir, o que fazer, onde comer, sempre com a maior paciência e um sorriso no rosto.
Ela nos fez sentir em casa, e virou nossa amiga pra sempre. Falamos com ela frequentemente e ela sempre nos acompanha pelos stories!
Elaine sempre diz que qualquer problema e qualquer coisa que precisarmos na Ásia é pra ligar pra ela correndo. Sério, como não amar?
O aprendizado aqui foi aceitar todo o tipo de ajuda e amor que nos for dado. Simplesmente aceitar e agradecer. Estamos cada vez mais de coração aberto a tudo que chega.
Também virou meta ser gentil e amorosos como Elaine com todos que cruzarem o nosso caminho. ?
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