Como viajamos com pouco dinheiro?

Texto: Marina Quadros

Para viajar com pouco dinheiro, nosso primeiro segredo é uma maravilha chamada work exchange.

O work exchange nos permite trocar algumas horas diárias de trabalho por casa e comida. ?

Mas como isso é possível? Explicamos tudinho para vocês ao longo desse post.

Nosso segundo segredo para viajar com pouco dinheiro se chama Gabriel. Nunca na vida conheci alguém tão econômico e desapegado das coisas.

Para vocês terem uma idéia: dia desses, no centro de Phuket, a havaiana dele arrebentou. E eu precisei obrigá-lo a comprar um chinelo novo porque não aguentava ver aquele arrastar de pé. Não estou mentindo. Ele é exatamente assim.

Mas vamos ao Work exchange!

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E como funciona esse tal de Work Exchange?

Esse negócio de work exchange funciona mais ou menos assim:

escolhemos o país;
o lugar: cidade, fazenda ou hostel;
o tipo de trabalho que estamos afim de fazer ou de aprender;
o número de horas trabalhadas por dia;
o tipo de comida (sempre escolhemos vegetariana ou vegana);
acomodação, ou seja, onde vamos dormir (coletivo, privado, com banheiro, beliche, cama de casal, se tem ar condicionado, lareira)

E é dessa maneira simples que aprendemos a viajar gastanto pouco dinheiro. Ou seja, o Work Exchange é o que nos permite estar na estrada por mais tempo.

Pois com casa e comida garantida, gastamos apenas com os transportes.

Realizando o sonho de conhecer Koh Lipe!

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E como faço para achar um lugar?

Existem algumas plataformas muito legais hoje em dia que ajudam você a achar um bom lugar para fazer work exchange e assim poder viajar com pouco dinheiro como a gente.

Nós utilizamos o Workaway e o Wwoof, que são bastante fáceis de usar. Além disso, gostamos muito de todas as experiências que tivemos através deles. Entretanto, existem outras formas e falamos disso aqui.

Se eu pudesse dar uma dica a você seria essa: experimente! Tente um work exchange uma vez na vida, não importa a sua idade, ocupação ou suas habilidades, tem espaço para todos. E é sempre uma experiência incrível. Além do mais, tem muito lugar no Brasil. Você não precisa ir tão longe pra saber do que estamos falando.

Alguns exemplos reais

Conhecemos uma mulher incrível de 69 anos de idade em uma das fazendas. Ela mora na França e vive fazendo trabalho voluntário pelo mundo afora. Ela tem uma energia incrível, muita história pra contar, está sempre sorridente, de bem com a vida e parece ter a nossa idade! Nesse momento ela está trabalhando como voluntária em um Parque Nacional em Creta, na Grécia.

Outro exemplo legal: em Portugal ficamos dois meses em uma fazenda maravilhosa de um casal de alemães. Eles queriam tirar umas férias e ficamos responsáveis pela fazenda durante esse período (foram 10 dias sozinhos cuidando de tudo). Durante esses dois meses gastamos apenas 50 €! (com chocolates e vinhos).

Ou seja, viajar com pouco dinheiro é muito fácil!

Quinta Monte do Compromisso no Alentejo, em Portugal.

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Gastos

É complexo dizer o quanto gastamos por mês, ou quanto gastamos em cada lugar que ficamos, pois as despesas são variáveis e dependem de alguns fatores:

custo de vida do país escolhido;
estilo de vida;
local escolhido (fazendas Isoladas X cidades grandes por exemplo)

Koh Lipe! Tailândia.

Por isso é importante você estar ciente do seu custo de vida (estilo de vida) e do custo de vida do país de destino. Nós gostamos de comer, de beber, de passear, de tomar um cafézinho por aí e de desbravar a região e os arredores.

Entretanto, é importante salientar que existe a possibilidade de não gastar absolutamente nada, se você não quiser. Porque nossas necessidades básicas são supridas, e com qualidade!

Quem paga o deslocamento?

As despesas com passagens e o modo como chegamos é sempre responsabilidade nossa. Ou seja, nós pagamos essa conta.

Por essa razão, a gente sempre procura arquitetar a logística mais estratégica para gastar menos e (tentar) poluir menos também. Ou seja, tentamos manter uma direção de viagem inteligente, de norte a sul por exemplo, ao invés de ficar saltando grandes distâncias.

Também evitamos ao máximo voar, e só o fizemos quando não há outra alternativa. Estamos sempre de olho na nossa pegada ecológica.

Dica legal: utilizar o BlaBlaCar, um aplicativo de compartilhamento de caronas, que funciona muito bem!

E vale a pena esse tal de work exchange?

Fazer work exchange não significa apenas viajar gastando pouco. Essa prática vai muito além disso, e se tornou nosso estilo de vida.

É a forma mais maravilhosa para aprender coisas inusitadas, trocar experiências, conhecer novos hábitos e novas culturas, abrir a mente, fazer amigos e descobrir novas famílias pelo mundo afora.

Eu sinceramente gostaria de ter descoberto isso antes! O work exchange foi uma das descobertas mais fascinantes do último ano. E olha que tivemos um ano e tanto!

Então, esse é o nosso segredo! Fácil não é? O Gabriel eu não posso emprestar, mas você pode usar e abusar do work exchange.

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