Nosso primeiro workaway foi em Portugal, há dois anos atrás. E eu sei que muitas pessoas ainda tem muitas dúvidas e algum receio sobre isso, porque eu também tinha. 

Por isso resolvi escrever esse artigo e com ele, espero ajudar a esclarecer alguns pontos.

E também gostaria de lhe ajudar a pensar no seu primeiro work exchange com coragem e leveza.

E aviso aos navegantes: tenho certeza que antes do final desse artigo, você vai querer embarcar amanhã para qualquer lugar do mundo e viver uma das melhores aventuras da sua vida!

Preparado?!

Antes de mais nada

Eu já senti tudo isso também. Por isso, me arrisco a dizer que sei exatamente como você se sente.

Eu mesma tive milhares de dúvidas antes de nos jogarmos no nosso primeiro Work exchange – que foi pelo WWoof, e depois pelo workaway – e por muito pouco não desistimos.

E também sei que essa espécies de “voluntariado” (que hoje virou nosso estilo de vida) pode ser ainda bastante intimidante para quem não está familiarizado com esse tipo de troca ou para aqueles que nunca saíram da sua zona de conforto.  Ou até mesmo para quem simplesmente nunca tinha pensado nesse assunto.

Mas é para isso mesmo que estou aqui:  para desmistificar, esclarecer e encorajar

Eu queria era ter descoberto isso antes! Porque com certeza essa foi uma das melhores descobertas da minha vida!

Jogue na lata do lixo as suas expectativas

Expectativa é uma merda e todos já sabemos disso.

Então, a primeira dica é essa: deixe ela de lado.

No seu primeiro workaway, vá de peito aberto, sem esperar nada. Apenas dê o melhor de si e esteja preparado para receber o melhor do outro.

Mas principalmente, vá disposto para fazer amizades, para botar a mão na massa, para mudar seus paradigmas, suas opiniões e suas idéias.

E finalmente, esteja preparado para descobri inúmeras outras formas possíveis de se viver a vida!

Saltitante em algum lugar da Tailândia.

Segurança no seu primeiro workaway

Umas das principais perguntas que nos fazem é sobre segurança – e  especialmente de mulheres que querem viajam sozinhas.

Tenho mais dificuldade em responder essa pergunta porque eu viajo com o Gabriel, mas ainda assim também faço coisas sozinha. E percebo a diferença!

Mulheres que viajam solo

De qualquer forma, precisamos ser muito mais cautelosas só por ser mulher sim, infelizmente. Mas isso não pode e não deve ser um impedimento.

Dito isso, também preciso dizer que conheci muitas mulheres, de todas as idades, viajando sozinhas ou fazendo workaway, e todas estavam ótimas, felizes e tranquilas.

Obviamente que depende muito do país, por isso, pesquise sempre o seu destino antes de embarcar!

Concluindo, não deixe de fazer por estar sozinha, apenas seja mais cuidadosa e esteja sempre atenta a tudo.

Sabemos que o mundo é machista e todas as consequências disso. Então, temos que ter cuidado redobrado!

Margot e Bruna, duas mulheres que viajam sozinhas. Foto no Camboja.

Segurança pelas nossas experiências de workaway na Ásia

Muita gente nos pergunta como é viajar pelo Sudeste Asiático.

E só posso dizer que é mais do que tranquiloTodos os países pelos quais passamos até então – Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Malásia e Indonésia – foram maravilhosos e nos sentimos muito seguros. 

Esquecemos como é se preocupar com equipamentos e coisas de valor. Andamos a qualquer hora e em qualquer lugar. Pegamos ônibus onde quer que seja.

Perigo aqui não é uma possibilidade

Nossas mochilas ficam em qualquer lugar. Já dormimos em hostel sem porta e sem locker. E nunca nos aconteceu absolutamente nada.

É muito difícil que algo aconteça por aqui. Principalmente com violência. Simplesmente isso não existe. Pode dar um azar de você cair num golpe, ou algo parecido, mas aí são os acasos da vida. 

A leveza dessa vida, felizes assistindo a um pôr do sol no Vietnã.

Seja confiável 

Se na perspectiva do viajante, ou seja, se para você pode ser assustador ficar na casa de um desconhecido. Por outro lado, imagine a confiança de que um anfitrião precisa para que essa troca dê certo.

Afinal, é ele é quem vai abrir as portas da sua casa e da sua vida para receber um estranho! E é preciso muito coragem e confiança para isso.

Mas o mais legal disso tudo, é que a confiabilidade é necessária dos dois lados! E isso, na minha opinião, é a beleza de tudo! É justamente essa a graça da coisa toda.

E para mim foi maravilhoso voltar a confiar nas pessoas!

Então, se você está preocupado em confiar em um estranho, a primeira coisa que você precisa ser é CONFIÁVEL. Além disso, todos os seu amigos já foram desconhecidos um dia, certo? 

Nosso colega e amigo de Workaway Alejo, um argentino muito querido.

Seja prestativo no seu primeiro workaway

Ajude em tarefas que não são o seu “trabalho oficial”. É educado e gentil ajudar nas tarefas cotidianas, mesmo que não sejam de sua responsabilidade. 

Isso pode incluir ajudar a preparar uma refeição, dar banho nas crianças, dar comida aos animais, lavar a louça, colocar a mesa, ou varrer o chão por exemplo.

Lembre-se sempre que você não está em um hotel, mas sim na casa de uma pessoa. Pense no que você gostaria que fizessem se fosse a sua casaNunca é demais participar.

Além disso, mantenha o seu espaço organizado e limpo e arrase como voluntário! ?

Ajudando uma senhora a carregar lenha para cozinhar, no Vietnã.

6 – Se entregue ao ritmo da vida 

Uma das regras mais importantes desse tipo de trabalho: não corra, não atropele o tempo. Se entregue ao ritmo de cada lugar, e perceba o tempo de outra forma.

Em termos práticos, você não precisa limpar os pratos correndo assim que terminar. Deixe-os sujos ali por um tempo, e desfrute da companhia de quem está do seu lado. 

Não importa onde você esteja, é provável que o ritmo de vida seja completamente diferente do que você está acostumado

✨ Relaxe, respire, diminua a marcha✨ 

Acalmar a mente para a vida fluir naturalmente.

Nossas histórias sobre percepção do tempo e workaway

Na Ilha da Madeira nosso anfitrião no dizia: “Devagar, devagar! Trabalhem devagar, ninguém é escravo aqui, vocês são voluntários.”

Ainda em Portugal,  em uma fazendas de alemães, tínhamos um intervalo de descanso entre o almoço e as atividades da tarde, e era expressamente proibido fazer qualquer coisa que não fosse relaxar, dormir, ler ou se divertir durante essas três horas.

Sobre isso, nosso maior aprendizado foi no Alentejo, uma belíssima região de Portugal, onde o tempo transcorre lenta e deliciosamente. Foi quando entendemos que precisávamos nos sintonizar com o ritmo da vida.

Você pode levar alguns dias, mas tente se ajustar ao lugar onde você está.

E deixe de lado todas as expectativas e idéias que você tem sobre tempo e produtividade.

Alentejo: dá pra sentir o tempo correndo diferente por aqui?

Um agradinho não faz mal a ninguém

A beleza do workaway está na imensa troca de cultura que se estabelece.

Os anfitriões já estão compartilhando da sua, apenas abrindo as portas para você e permitindo que você viva ali, partilhando da sua casa e da sua rotina.

Demonstre o seu apreço a esse gesto: leve um presentinho, faça uma sobremesa, elabore algo com suas próprias mãos, seja criativo!  ?‍? 

Nossos mimos

Nós estamos viajando há dois anos, e não carregamos nada conosco além das roupas, então cozinhar é a nossa maneira de demonstrar gratidão

E a nossa feijoada vegana arrasa em qualquer parte do mundo! ?

Uma peça de roupa (se estiver em boas condições, é claro) já virou mimo também! Na Nakupenda, uma fazenda linda onde ficamos no Camboja, presenteei a Sinya (nossa anfitriã) com um blusão que me esquentou no Vietnã e que já não ia mais usar. 

E fiquei muito emocionada quando recebi as foto dela com o blusão e os novos voluntário na frente da casa. Essas simplicidades da vida que são o que nos fazem sorrir hoje em dia. ?

            O blusão que me salvou do frio do Norte do  Vietnã.

            A Sinya fofa com o blusão no calor do Camboja. ?

Não tenha medo de dizer NÃO no seu primeiro workaway

Não há problema em dizer não a algo com o qual você não se sente confortável. Portanto, diga não se você precisar!  

Mesmo que você tenha acordado previamente, as coisas mudam ou podem mudar, e às vezes precisamos estabelecer certos limites. 

Nós desistimos do nosso último Workaway antes do tempo, pois estávamos exaustos, e tudo bem.

Mantenha a mente aberta e seja flexível, mas se algo estiver muito errado (acredite na sua intuição!) ou se você estiver se sentindo mal converse com seu anfitrião.

E se as coisas tomarem proporções que não lhe agradam você vai precisar tomar uma decisão. 

Sobretudo lembre-se de que você não é obrigado a nada, e que pode se recusar a fazer ou ir embora se quiser, mesmo que seja o seu primeiro work exchange.

Faxinando nossa guest house em Malaca.

Não se apaixone no seu primeiro workaway

Esse na verdade deveria ter sido o primeiro tópico, pois de fato é a coisa mais perigosa que pode acontecer logo no seu primeiro workaway:  você pode se apaixonar! 

Você pode estar no lugar mais remoto, na floresta mais linda, em um vilarejo fofo com a família mais gente boa e amorosa do planeta, em uma casa de chás no norte do Vietnã, ou quem sabe em um hostel mega confortável na Tailândia, ou talvez vivendo com aborígenes na Malásia.

Também pode estar ensinando inglês para crianças fofas do Laos, ou plantando orgânicos no Camboja. Mas onde quer que você esteja, esse risco é muito alto.

Tente não se apaixonar pelas refeições caseiras deliciosas, nem pelos legumes orgânicos frescos e recém tirados da terra com as suas próprias mãos, ou mesmo pelas frutas cheirosas que você colhe logo ali no jardim. Ou ainda pelos novos sabores que você irá experimentar. 

Amores peludos.
Pequenos amores aborígenes.
Uma bolinha de amor.

Ensinando inglês para fofuras no Laos.

Plantando orgânicos no Camboja.

Tenha cuidado desde o seu primeiro workaway

Não se deixe arrebatar pelo sentimento de estar fazendo algo bom: para você, para o outro e para o planeta!

Não siga seu coração, pode ser muito perigoso. Não se apaixone por saber que está fazendo a diferença na vida daquelas pessoas que você acabou de conhecer.

Também não se entusiasme pelas paisagens espetaculares, pelas novas linguagens ou pelos sorrisos recebidos nas ruas.

Tampouco se apaixone pelo colorido dos mercados de rua. E não se deixe levar pelos aromas que flutuam por aí. 

Nossa vizinha simpática com seu búfalo.

Nos ensinando como deixar os dentes lindos e pretos! 

Não é preciso falar a mesma língua para se entender.

Não se apaixone

Mas sobretudo, não se apaixone pelo senso de comunidade e muito menos pelo trabalho em equipe: onde não existe competir e comparar, mas sim cooperar.

Não se apaixone pelas pessoas que cruzarem seu caminho, afinal, eles são só estranhos. E fuja das crianças, porque elas são perigosíssimas de tão fofas!

Tenha muito cuidado, pois isso tudo pode mudar a sua vida para sempre, assim como mudou a nossa!

E aí, pode ser tarde demais para voltar atrás…

Nossa pequena Moca. ❤
Amizades de beira do mar. ♡
A Vietnamita mais fofa de todos os tempos. ♥
Nossa família no Camboja. ❤
Só mais uma coisa:

o que você está esperando ?!

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