Para você que entra aqui e fica lendo coisas maravilhosas sobre viver viajando e vendo lindas fotos, achando que tudo é incrível, perfeito e maravilhoso.

Tenho uma notícia realista para lhe dar: nem tudo são flores o tempo todo por aqui não. 

Cara de bunda, talvez pelo cabelo ruim do dia, na Ilha da Madeira.
Leia também:

O lado romântico de viver viajando

Foi essa a vida que escolhemos.

Viver viajando foi um processo e não decidimos da noite para o dia. Esse estilo de vida foi uma descoberta relativamente recente. Essa vontade começou a se desenhar, fomos sentindo, percebendo aos pouquinhos. Acolhemos esse desejo e abraçamos a causa: decidimos viver na estrada.

Hoje não temos casa fixa. Tampouco temos planos. Não sabemos para onde vamos amanhã ou quanto tempo vamos ficar em cada lugar. Nosso pequeno caos tem seu lado lindo e maravilhoso sim.

Viver viajando nos permite infinitas possibilidades, muitas trocas e nos faz crescer muito, em um curto espaço de tempo. A estrada nos muda diariamente.

Amanhã já não seremos os mesmos de hoje. E adoramos tudo isso.

Entretanto, esse é apenas um lado da vida de quem vive viajando. E esse é o lado que mostramos mais. Porque também é o lado que existe na maior parte do tempo (caso contrário não valeria a pena).

No entanto, queremos mostrar todas as facetas desse estilo de vida, e não apenas a parte romântica e “postável”.

Porque nem tudo são flores o tempo todo.

O outro lado de viver viajando

Aqui desse lado rola muita dúvida, estresse, medo, insegurança, horas de planejamento, incerteza, pequenos atritos, cansaço, fome, irritabilidade, saco cheio, excesso de convivência, falta de paciência…e talvez eu tenha esquecido muitas outras coisas.

E além disso tudo, existem aqueles dias em que pensamos: que p…. é essa? O que estamos fazendo aqui? Quer desistir? Quer voltar? Continuamos? Tá valendo a pena?

Ainda tem a tal da pressão da sociedade, mas essa acho que já tiramos de letra.

Expectativas das famílias? Essa merece um artigo gigante! Só pra ela! 

Entretanto, posso afirmar com toda a sinceridade: esses momentos nunca foram os mais frequentes. 

Um pouco porque, durante a caminhada, aprendemos a lidar com nossos medos e incertezas. Mas muito porque estamos mais seguros da nossa escolha e certos de que esse é o caminho que queremos trilhar.

Mas até chegarmos aqui, teve muito do que falei aí em cima (foi mais de ano sentindo tudo isso junto e misturado, e ao mesmo tempo). Parece fácil, mas não foi.

Contudo, e apesar de todas as adversidades, a reposta é sempre a mesma: seguimos!

Hoje acreditamos no propósito do que estamos fazendo e sentimos isso do fundo dos nosso corações. Que, por enquanto, estão juntinhos nisso também.  
Momentos de paz e felicidade Koh Phangan.

Sobre as dúvidas

Se viver viajando gera dúvidas?

Nossa! Já tivemos muitas, e provavelmente vamos continuar questionando muito, sempre.

As dúvidas fazem parte do caminho, e não é um sentimento ruim. E são boas oportunidades para pensar e refletir sobre tudo que nos acontece.

Sendo assim, estamos certo de que essa é a vida que queremos agora.

Percebemos que nos faz bem, e queremos viver assim. Até que faça sentido para nós.

Escrevo esse texto em setembro de 2018.  Nesse momento estamos na Tailândia e temos mais alguns poucos dias de visto por aqui.

Estamos apaixonados pelo país e queremos ficar, entretanto, também gostaríamos muito de seguir viagem: buscar novos ares e experienciar novos países, como o Laos, Camboja ou Vietnam.

Nossa maior dúvida hoje é essa:  ainda não sabemos o que fazer: e nos restam 12 dias de visto.

Zona de conforto fora de casa existe?

Talvez seja hora de seguir viagem, porque afinal de contas, aqui na Tailândia já estamos na nossa zona de conforto. 

 A Tailândia virou casa para gente.

Depois de quase três meses por aqui, já conhecemos as comidas, o modo de vida, alguns dos problemas do país, e nada mais é uma grande novidade. Nada mais nos desafia.

Não que isso seja ruim, mas talvez por isso seja mesmo a horas de partir.

Com a certeza de que voltaremos assim que precisarmos nos sentir em casa outra vez. Criamos pequenas raízes aqui.

E sim, estamos na nossa zona de conforto fora da nossa casa. Isso existe.

Ou pelo menos tem existido para a gente. 💜

Mercado noturno em Bangkok.

O que nos move?

A paixão por tudo que vemos e sentimos.

O desconhecido. Aquele frio na barriga, sabe?

A curiosidade nos move demais!

Temos sede pelo incerto. Paixão pelo desconhecido. Gostamos de ver o novo:  paisagens, povos, culturas, comidas e olhares.

Gostamos de sentir borboletas no estômago quando estamos chegando perto.

De tempos em tempos precisamos renovar o brilho dos olhos e o calor da alma.

E nos manter em movimento é o que nos permite isso.

Viver viajando e acreditar

Acreditamos muito na lei da atração, em viver alinhado com a nossa essência, nas vibrações que emitimos e no poder de pensar positivo. 

E estamos cada vez mais praticando esses conceitos, através de meditação diária e outras ferramentas. Isso também tem sido transformador.

Não ficamos pensando no que pode dar errado, e sim imaginando aquilo que pode dar certo!

E tudo tem funcionado maravilhosamente bem até aqui.  

Se quiser saber mais sobre meditação e nossa rotina diária leia:

Meditações matinais e viver em abundância.

Do que mais sentimos falta

A única coisa que realmente nos faz falta na vida que temos hoje é o contato com a família e os amigos.

Certamente a internet facilita muito esse contato.

Entretanto, nada supre a falta de estar junto. Dos almoços de domingos, do chimarrão no parque, das conversas cara a cara e dos abraços.

No entanto, não podemos escolher tudo, e nesse momento a escolha é essa. 

E precisamos aprender a lidar com o que vem junto dela. Ou com o que falta, nesse caso.

Destino Koh Phangam.

O que mais me incomoda

Para mim, Marina, o pior de tudo, é o nosso baixíssimo orçamento. Nunca fui acostumada a contar dinheiro ou deixar de comprar algo bem básico (como comida) por não ter grana, por exemplo.

Já passei por épocas não tão boas, já fiquei sem emprego, mas sempre tinha um dinheiro guardado. Além disso nunca fui de excessos ou de gastar o que não tenho.

Para viver viajando muitas vezes deixamos de fazer coisas que gostaríamos (no meu caso: um retiro de yoga em Chiang Mai, ou aulas de culinária, por exemplo) pra não explodir o orçamento. Esses são apenas alguns exemplos, e isso acontece o tempo todo.

Não estou reclamando, porque amo a vida que tenho.

Mas ela é feita de pequenas renúncias cotidianas. E tá tudo bem no final. 

Sem espaço para o supérfluo

Nesse estilo de viagem que criamos, não há espaço para supérfluos. O que por um lado é muito bom.

Viver viajando não nos permite comprar absolutamente nada de que não precisamos.

Não posso comprar coisinhas fofas, que as vezes, tenho vontade. Não posso ter uma mini cafeteira francesa (que me faria economizar o mundo em cafés na rua) porque não cabe na nossa mini mala.

Nas malas cabem apenas algumas poucas roupas e nossos equipamentos, que fazem com que esse blog possa existir. 

Além disso, não compro roupas desde que saí do Brasil. Apenas vou doando peças que não vou mais precisar, e também deixando para trás o que está velho demais.

Ou seja, uso sempre as mesmas 20 peças de roupas. Se ganhar ou comprar uma algo, preciso me desfazer de uma antiga.  O Gabi deve ter 10 peças de roupa. 😂

Escrevemos sobre isso no post:  minha mochila, minha vida.

No trem como nossa mala.

O que me enlouquece

Mas o que realmente me deixa louca é ter que abrir mão da sobremesa. Ou ainda, de algo para beber para ficarmos dentro do orçamento. Gostaria de poder comer o prato, a sobremesa, tomar vinho e o café.

E ultimamente, tenho ficado só no prato, mas ok, estou sobrevivendo! 

Ou seja, fazemos as escolhas que nos permitem viajar mais.

E depois que passa o chilique e a vontade de comer doce e tomar o vinho, agradeço muito por ter conhecido um lugar diferente e por não ter comido aquele monte de açúcar.

De qualquer forma,  na hora dói.

Mas também já aprendemos a lidar com isso tudo com bom humor! 

Mas o cafezinho faz muita falta!!

Nosso refúgio de paz e silêncio, em Koh Phangan.

Bendito $

Hoje, o fator grana é de longe o que mais atrapalha e gera a maioria dos nossos pequenos problemas, nossas dúvidas, incertezas e limitações.

Por que até então, nos mantemos com as nossas reservas e com o aluguel do nosso apartamento em Porto Alegre.

O que,  na maioria das vezes não é  suficiente para fazer tudo aquilo que desejamos. 

Vamos manejando e escolhendo as prioridades. Uma de cada vez. 

Ainda  não somos nômades digitais e ainda não ganhamos dinheiro pela internet.

Mas estamos nos preparando e trabalhando duro para isso!

Síndrome de DDC: Desejo De Comprar.
Vivemos de escolhas. Temos que aprender a conviver bem com aquelas que fazemos. 
Nosso bangalô econômico sem ar em Koh Lipe.

Sobre o excesso de convivência

Isso poderia ser um problema, já que estamos juntos 24 horas por dia e 365 dias por ano. 

Muitas vezes precisamos de um tempo sozinhos. Eu tenho essa necessidade. Preciso disso mais do que o Gabriel.

Eu costumo caminhar, fazer yoga ou correr todas manhãs. Além de meditar. Isso me ajuda a começar bem o dia e já conta como um momento só meu, de solidão e liberdade.

Também goste de bater perna sozinha em feirinhas de rua, olhando absolutamente tudo (e não comprando nada)! 

Ele aproveita esses meus momentos para ter o tempo dele. E isso é o suficiente pra nós.

Acreditamos que o mais importante é o respeito pelo outro. Aceitar as individualidades, e estar atento e aberto às necessidades do outro. Perceber quando um precisa ficar sozinho e dar esse espaço.

Curiosamente nos damos muito bem e não temos grandes problemas. E desfrutamos da companhia um do outro na imensa maioria das vezes.

Gabriel sozinho mas querendo minha companhia, no Caminho de Santiago de Compostela.

Conclusão sobre viver viajando X perrengues

Esse post foi sugestão de uma amigo, o Adri, que vai ficar decepcionado, porque queria uns perrengues. 😕

E eu realmente gostaria de contar algo chato que nos aconteceu e que agora fosse engraçado.

Mas a verdade é que durante esse ano e meio viajando, não tivemos uma história ruim.

Espero continuar viajando sem os grandes, mas com os pequenos perrengues.

Acho que eles se transformam em histórias interessantes depois.

E na hora, nos fazem pensar.

Nos tornam mais flexíveis, adaptáveis e nos fazem descobrir uma saída. Ou inventar alguma! 

Gabriel e sua dose extra de cautela

Somos (Gabriel, principalmente) bastante cautelosos com tudo!

O Gabriel lê atenta e detalhadamente cada descrição de Hotel ou Hostel, Airbnb, Workaway ou Woof, e talvez por isso as coisas saem sempre dentro do que estamos esperando.

Cautela e atenção aos detalhes nunca é demais. Além de muito pensamento positivo!

Mas é claro que perrengues também são uma questão de ponto de vista.

Para muitas pessoas tomar banho de água gelada em uma balde, como aconteceu conosco no nosso primeiro workaway na Quinta do Atalaia seria um perrengue, mas para nós foi uma experiência maravilhosa.

Não colocamos cadeado: para não danificar a ponte e porque o amor é livre.

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